O presidente da Câmara de Olhão adiantou à TSF que nenhum dos 21 migrantes apresentou resultados positivos à Covid-19 e descartou a possibilidade de uma rede de imigração ilegal com porta de entrada no Algarve.
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O presidente da Câmara de Olhão adiantou à TSF que os testes dos 21 migrantes detetados na terça-feira à noite numa praia em Faro já foram testados à Covid-19 e apresentaram resultados negativos para o novo coronavírus.
António Pina aproveitou para rejeitar a existência de uma rede de imigração ilegal, já que "desde sempre houve muita vontade em conversar com as nossas autoridades, colaborar e até criar programas de vinda de mão-de-obra, caso necessitemos dessa mão-de-obra".
Na perspetiva do autarca, há um movimento de mão-de-obra, de procura de trabalho, mas "considerar que estas pessoas são refugiados está fora de questão". O Sindicato dos Inspetores do SEF disse esta quarta-feira à TSF ser inegável o problema que o Algarve constitui como ponto de passagem para fluxos de migrantes e admitiu que situações como a de terça-feira se voltarão a repetir.
O autarca de Olhão revelou, no entanto, que, antes da pandemia, já havia contactos entre o Executivo português e o embaixador de Marrocos para a celebração de um acordo que permitisse aos marroquinos serem acolhidos no Algarve quando a região do Sul de Portugal necessitasse de recursos humanos. Essas conversações apenas foram suspensas devido ao contexto da Covid-19.
"Temos necessitado especialmente na agricultura, especialmente, garantindo que, depois das campanhas de trabalho, regressem ao seu país e que não fiquem por aí", explicou.
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A TSF já pediu esclarecimentos ao Ministério da Administração Interna, mas ainda não obteve respostas.