Ex-líder da Juventude Popular destaca a "coerência" que o candidato à liderança do partido teve nos últimos quatro anos.
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O ex-líder da Juventude Popular, Miguel Pires da Silva, declarou esta quinta-feira o seu apoio à candidatura de Filipe Lobo D'Ávila na corrida à liderança do CDS, considerando-o uma "cara lavada" e "descomprometida" do partido.
Miguel Pires da Silva destaca a "coerência" que o candidato à liderança do partido teve nos últimos quatro anos e a sua "cara lavada" e "descomprometida" com o passado recente do CDS que "conduziu o CDS a este resultado, no fundo, catastrófico".
"Quer queiramos quer não, os últimos resultados do partido tiveram rostos, os 4% não foram apenas da responsabilidade da presidente Assunção Cristas foram também de uma equipa onde figuravam aqueles que hoje são candidatos à presidência do CDS", considerou.
Na opinião do ex-líder da JP, Filipe Lobo D'Ávila "foi o único candidato, dos que agora se apresentam, que nos últimos quatro anos foi apontando quer internamente, quer externamente algumas soluções alternativas ao caminho que estava a ser seguido no partido", justificou.
Internamente, Miguel Pires da Silva destacou os alertas do candidato em matérias como a gestão da secretaria-geral, a relação com os militantes e o perigo de "deixar as bases sem apoio e sem qualquer tipo de autonomia".
A nível externo, Filipe Lobo D'Ávila foi, na opinião do centrista, discordando dos "caminhos que estavam a ser seguidos" e foi "marcando a sua presença". Os candidatos à liderança do CDS são Abel Matos Santos, João Almeida, Filipe Lobo d'Ávila, Francisco Rodrigues dos Santos e Carlos Meira.
O 28.º Congresso nacional, marcado para 25 e 26 de janeiro em Aveiro, vai eleger o sucessor de Assunção Cristas na liderança dos centristas, que decidiu deixar o cargo na sequência dos maus resultados nas legislativas de outubro de 2019 - 4,2% e cinco deputados.