O ministro foi recebido com protestos, em Palmela, por dezenas dezenas de populares, munidos de faixas contra a fusão de freguesias. Um facto que Miguel Relvas desvalorizou.
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Miguel Relvas foi hoje recebido com protestos em Palmela, onde participa num almoço/debate no âmbito do Dia Mundial da Imprensa.
O ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares tinha à espera algumas dezenas de populares, munidos de faixas contra a fusão de freguesias.
No entanto, questionado pelos jornalistas, o governante não se mostrou surpreendido. «Respeitamos muito quem está contra, quem está preocupado, mas nós não extinguimos feguesias, estamos a agregar freguesias», sublinhou.
«Compreendo perfeitamente as manifestações, como aquelas que estavam aqui hoje, que acontecem todos os dias no país, por receio, cautela e tradição de pessoas ligadas à sua terra», acrescentou.
Miguel Relvas, que tem a tutela da comunicação, foi ainda questionado pelos jornalistas sobre as acusações de saneamento político, renovadas hoje pelo antigo diretor de informação da RTP.
O ministro repetiu os argumentos para se demarcar do desfecho do caso do visionamento das imagens em bruto por agentes da PSP, dizendo que «separa bem as águas».
Por outro lado, assumiu a convicção de que estes episódios não vão atingir o valor da RTP, que está em vias de ser privatizada, embora Miguel Relvas não diga quando pretende o conselho de Ministros tomar a decisão.
O governante teve ainda tempo para responder a Marcelo Rebelo de Sousa, que a propósito do apoio que o ministro declarou a uma possível candidatura de Fernando Seara à Câmara de Lisboa, disse que «Relvas está de tal forma fragilizado que o seu apoio significa uma espécie de beijo da morte».
«Eu não comento comentadores», limitou-se a dizer Relvas.