A falta de reagentes impede a realização há uma semana de vários exames genéticos, incluindo os do pezinho, obrigatórios para recém-nascidos.
Corpo do artigo
Há milhares de exames genéticos por realizar no laboratório do Instituto Ricardo Jorge devido à falta de um reagente, denunciou o coordenador da Comissão Nacional de Diagnóstico Precoce.
Em declarações à TSF, Rui Vaz Osório explicou que entre os testes que estão realizar há uma semana encontram-se os do pezinho, obrigatórios para os recém-nascidos.
Este responsável indicou ainda que esta situação não é inédita e que «já aconteceu por falta de reagentes ou por falta de assistência aos aparelhos».
«Para nós que trabalhamos nisso é angustiante. Penso que vai ser resolvido ainda hoje. Segundo as últimas informações que tenho, os reagentes vêm a caminho e deveriam estar em Lisboa por volta das 15:00 ou 16:00», acrescentou.
Rui Vaz Osório considerou ainda estranho que estes tenham sido encomendados para Lisboa quando o laboratório em causa se encontra em Lisboa, o que implicará que alguém os tenha que ir buscar à capital «com o feriado e o fim-de-semana».
«Recebemos 400 a 500 fichas por dia para fazer as análises, portanto está a ver quantas é que estão em atraso», adiantou este coordenador, porque não se sabe o que se vai encontrar nessas fichas.
Este responsável indicou que esta situação poderá representar o começo tardio de um tratamento e um «risco para os doentes que estão no hospital em tratamento e que necessitam de controlos que não são feitos».
Rui Vaz Osório culpou ainda a direcção do Instituto Ricardo Jorge por esta situação, uma vez que os reagentes foram pedidos a tempo e estes não vieram.
«Sabe-se como são as burocracias e as dificuldades económicas actualmente. Pede-se à última da hora e depois até não se paga a tempo e todas estas coisas deixam de funcionar», concluiu Rui Vaz Osório, que disse que a situação não aconteceu enquanto o programa de auto-rastreio esteve directamente dependente do Ministério da Saúde.