Militar morre em treino. Inquérito quer saber se exercício foi adaptado ao calor
Militar morreu depois de um "golpe de calor". E outro também está internado pela mesma razão. Exército garante que exercícios são sempre adaptados às condições que os rodeiam, nomeadamente o calor.
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Um militar morreu no domingo à noite devido a um "golpe de calor", depois de um treino do curso de Comandos, e outro militar, do mesmo curso, mas noutro exercício, sentiu-se mal com igual diagnóstico estando ainda em observação.
O caso aconteceu no 127º Curso de Comandos. O militar que morreu sentiu-se indisposto durante uma prova de "Tiro Reativo" e, segundo o Exército, foi de imediato assistido pelo médico que acompanhava a instrução.
Depois de um diagnóstico de "golpe de calor", o médico determinou a saída do militar da instrução e a sua evacuação para a Enfermaria de Campanha onde ficou sob observação.
Após o jantar a situação clínica piorou e o médico optou pela evacuação, mas o militar acabaria por falecer após uma paragem cardiorrespiratória antes de ser evacuado.
À TSF, o porta-voz do Exército, Tenente Coronel Vicente Pereira, explica que estas atividades do curso de Comandos são sempre exigentes do ponto de vista físico, mas normalmente são adaptadas para que aconteçam de forma segura.
Questionado sobre os avisos das autoridades de saúde para os cuidados que as pessoas devem ter nestes dias que iam ser de muito calor, Vicente Pereira explica que estes treinos são sempre adaptados e admite que essa situação irá ser avaliada no inquérito já aberto pelo Exército para apurar as causas daquilo que aconteceu neste curso dos Comandos.
A Polícia Judiciária Militar também já foi entretanto chamada e está na área do exercício a tentar perceber o que se passou neste curso de comandos.