O ministério de Nuno Crato ordenou uma auditoria financeira à empresa criada pelo primeiro Governo de Sócrates para fazer a gestão e requalificação de mais de 300 escolas.
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Os 72 projectos de requalificação em curso não estão em causa, mas cerca de uma centena de intervenções que aguardam adjudicação dependem agora do resultado da auditoria.
Ao Diário de Notícias, o ministério de Nuno Crato confirmou que pediu um ponto de situação sobre a Parque Escolar, que vai analisar o futuro da empresa e que o pedido de auditoria é motivado pelo endividamento actual: 946 milhões de euros.
A empresa, criada durante o primeiro Governo de José Sócrates, está também impedida de abrir novos concursos.
Criada para requalificar e gerir 300 escolas, a parque escolar cumpriu até ao momento, 103 projectos aos quais somam-se 72 em curso. Tem um plano global de investimentos de cerca de 3,2 mil milhões de euros entre 2007 e 2015.
Este ano, a Parque Escolar já adjudicou mais de 2300 milhões de euros, dos quais investiu 1375.
Devido a várias criticas motivadas pelos métodos de adjudicação das empreitadas e dos projectos de arquitectura, a Parque Escolar já foi várias vezes fiscalizada pelo Tribunal de Contas, mas em nenhum desses processos foi detectada qualquer irregularidade com dimensões consideradas graves.
Contactada pela TSF, fonte da Parque Escolar adiantou que a administração da empresa vai reunir esta manhã, tendo por isso remetido esclarecimentos para mais tarde.