O Ministério da Saúde confirma que Vítor Almeida já não será o presidente do INEM
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O Ministério da Saúde confirmou, esta sexta-feira, que Vítor Almeida não vai ser o presidente do INEM. Numa nota enviada às redações, o Governo explica que nos contactos com a tutela durante a última semana Vítor Almeida concluiu que não estavam reunidas as condições para assumir o cargo.
"Vítor Almeida concluiu que não estavam reunidas as condições para assumir a presidência do INEM, por razões profissionais e face ao contexto atual do instituto", pode ler-se no comunicado.
Perante estas circunstância, o executivo decidiu nomear Sérgio Agostinho Dias, em regime de substituição por 60 dias, por vacatura do cargo.
"Sérgio Dias Janeiro é médico e, atualmente, Diretor do Serviço de Medicina Interna do Hospital das Forças Armadas, onde, de 2022 a 2023, ocupou o cargo de Diretor Clínico do Serviço de Urgência. Nasceu em Vale de Cambra, em 1981, e licenciou-se em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, tendo feito a Formação Militar Complementar ao Curso de Medicina para o Exército, na Academia Militar, no curso de 1999-2006. O Tenente-Coronel Médico conta, também, no seu currículo com o curso de paraquedismo militar, de Advanced Trauma Life Support (ATLS) e Medical Response to Major Incidents (MRMI), além dos cursos certificados pelo INEM de Viatura Médica de Emergência e Reanimação para Médicos, Médico Regulador do Centro de Orientação de Doentes Urgentes e Curso de Fisiologia de Voo e Segurança em Heliportos", acrescenta o INEM na mesma nota.
À TSF, o presidente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar, Rui Lázaro, reconhece uma total surpresa em relação à alegada saída e motivos que a terão determinado.
"Fomos apanhados de surpresa com esta notícia da não continuidade ou da não tomada de posse do novo presidente do INEM. Realçamos que não é este tipo de resposta que o INEM precisa. O INEM precisa de estabilidade e este episódio não traz estabilidade ao instituto e também não são este tipo de respostas que os técnicos de emergência pré-hospitalar precisam. Com uma taxa de abandono elevadíssima, sem conseguir atrair novos técnicos para o instituto, ainda não foram anunciadas medidas pelo Ministério da Saúde que visassem colmatar esta carência. Este episódio não vem, de facto, contribuir para que possamos levar o INEM a bom rumo", acrescentou Rui Lázaro.