Ministério defende-se de demora no transporte de doente: "Desde que descolou até que entregou o doente decorreram duas horas"

O Ministério da Defesa defendeu-se esta segunda-feira da "informação falsa de que 'um doente de 49 anos com um traumatismo craniano foi transportado por um helicóptero da Força Aérea que demorou mais de cinco horas (em algumas peças noticiosas referem-se seis horas e oito horas) a transferir o paciente do Hospital da Covilhã para os Hospitais da Universidade de Coimbra'", afirmando que desde que o helicóptero demorou duas horas e 15 minutos desde que descolou do Montijo até entregar o doente em Coimbra.

"A partir do momento em que foi confirmado que o CODU iria avançar com a missão para embarque de um doente no aeródromo de Castelo Branco e entrega do doente no aeródromo de Coimbra, um helicóptero da FAP, EH-101 descolou do Montijo às 22:05 e aterrou em Castelo Branco às 23h20", começa por explicar o Ministério liderado por Nuno Melo em comunicado.

O helicóptero terá desligado os motores no aeródromo de Castelo Branco por ter ficado à espera do doente e voltou a descolar às 23h40, tendo aterrado em Coimbra às 00h20.

"Desde que o helicóptero descolou do Montijo até que entregou o doente em Coimbra decorreram duas horas e 15 minutos com tempo de espera do doente incluído", explica o Ministério.

Segundo a SIC Notícias, na noite de sábado, só havia um aparelho da Força Aérea disponível para o transporte aéreo de doentes. Um homem com um traumatismo craniano grave demorou mais de cinco horas para ser atendido desde que foi tomada a decisão de transferência do hospital da Covilhã para o hospital de Coimbra.

Os contactos entre os hospitais começaram às 20h00 de sábado e os bombeiros foram chamados duas horas depois para ajudar na transferência, já que o helicóptero pesado da Força Aérea que partiu do Montijo não podia aterrar no heliporto do hospital da Covilhã.

Uma viatura do INEM levou o homem para o aeródromo de Castelo Branco, de onde partiu para Coimbra no helicóptero da Força Aérea. Assim, entre a decisão de transferir o doente, de 49 anos, do Hospital da Covilhã até à entrada nas urgências em Coimbra passaram mais de cinco horas.