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A Associação dos Profissionais da Guarda colocou uma acção contra o Ministério da Administração Interna por causa do sistema remuneratório dos militares da GNR.
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Desde Janeiro que a GNR tem dois sistemas remuneratórios, sendo que o mais recente garante melhores ordenados mas não se aplica a todos os militares.
«Só cerca de dois mil profissionais da GNR é que passaram para o novo sistema remuneratório. Todos os outros 20 mil ainda aguardam que seja resposta a legalidade e que passem para o novo sistema remuneratório», disse à TSF César Nogueira, da Associação dos Profissionais da Guarda, que vai interpor uma acção no Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa.
Alguns funcionários «fizeram reclamações para o comando para que fosse resposta a legalidade», mas não obtiveram resposta, por isso, a associação decidiu apresentar uma acção contra o Ministério da Administração Interna, até porque há prazos para reclamar, adiantou.
Além disso, contou, já foi pedida uma audiência ao novo ministro Miguel Macedo, mas essa reunião ainda não aconteceu.
César Nogueira admitiu que o novo sistema remuneratório tem mais custos para o Estado e reconheceu que existe agora um mau ambiente no serviço, com alguns profissionais a sentirem-se desmotivados e vítimas de uma discriminação, porque, frisou, o princípio da igualdade não está a ser respeitado.
Contactada pela Lusa, uma fonte do gabinete do ministro Miguel Macedo disse que o Ministério da Administração Interna «desconhece oficialmente» a acção da APG/GNR, adiantando que até ao momento «não recebeu qualquer notificação».