O Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) tinha em curso inquérito-crime sobre eventualidade de assalto em Tancos.
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A revista Sábado avança na edição desta quinta-feira que o DCIAP "abriu há vários meses um inquérito-crime com base numa denúncia que alertou para eventuais riscos para a segurança nacional. Este relato incluiria a menção à forte possibilidade de se verificarem furtos de armas em larga escala em instalações das Forças Armadas, por exemplo na base militar de Tancos, que é a sede do comando da Brigada de Reação Rápida e da Unidade de Aviação Ligeira do Exército (UALE)".
De acordo com o artigo da revista a "fundamentação e o cariz muito particular desta denúncia levaram inicialmente o Ministério Público (MP) a tratar o tema com especiais cuidados de confidencialidade, inclusive na definição da estratégia de recolha de novos indícios que pudessem consubstanciar as suspeitas apontadas. Mas os procuradores Vítor Magalhães e João Melo - os magistrados nomeados, para dirigir o inquérito, pelo director do DCIAP, Amadeu Guerra - delinearam um conjunto de diligências judiciais que acabaram por não ser concretizadas ou ter qualquer efeito prático no terreno"
No entanto, segundo a SÁBADO apurou, "é precisamente o tratamento judicial desta denúncia que está a causar forte polémica entre os vários intervenientes que conheciam e tramitaram este primeiro inquérito-crime aberto no DCIAP, sobretudo elementos da magistratura judicial e do MP e investigadores da Unidade Nacional de Combate ao Terrorismo (UNCC) da PJ. O caso também já é do conhecimento de um restrito número de espiões do Serviço de Informações de Segurança (SIS) que estão a investigar o desaparecimento das armas do Exército Português".