Bancos são obrigados a alertar autoridades quando os seus clientes pretendem depositar grandes somas de dinheiro em numerário.
Corpo do artigo
O Ministério Público está a investigar duas grandes dependências bancárias do Grande Porto e de Braga, suspeitas de aceitar avultadas quantias de dinheiro em numerário sem as comunicar às autoridades.
Em causa estão empresários chineses de Vila do Conde que podem estar a cometer crimes de fuga ao Fisco e branqueamento de capitais com a conivência do banco onde são clientes, avança o Jornal de Notícias.
As entidades bancárias têm obrigação de comunicar ao Ministério Público e à Unidade de Informação Financeira da Polícia Judiciária movimentos considerado suspeitos, mas as entidades em causa nunca o terão feito.
Também o Ministério Público de Guimarães abriu uma investigação a duas dependências bancárias, depois de vários cidadãos chineses terem sido assaltados à mão armada quando iam ao banco depositar grandes quantias de dinheiro não declarado ao Fisco.
Fonte policial explicou ao mesmo jornal que alguns bancos aconselham os seus clientes a fracionar o dinheiro e reparti-lo por várias contas em vez de fazer um grande depósito, uma prática conhecida por "smurfing".