Profissionais de saúde de hospitais de Lisboa, Porto e Coimbra vão ser os primeiros a receber a vacina contra a Covid-19.
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Portugal vai começar o processo de vacinação a 27 de dezembro. A ministra da Saúde explicou que a entrega dos primeiros lotes da vacina, depois da aprovação da Agência Europeia do Medicamente, está marcada para dia 26 de dezembro.
"Dia 27 estamos prontos para iniciar a administração de vacinas. Os meios técnicos e setores têm estado a trabalhar em articulação", explicou em conferência de imprensa depois da reunião da task force.
Na primeira fase, os profissionais de saúde na linha da frente no combate à pandemia vão ser os primeiros a receber o fármaco e pertencem a cinco hospitais: "Centro Hospitalar Universitário de São João, Centro Hospitalar do Porto, Cetro Hospitalar Universitário de Coimbra, Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte e Centro Hospitalar Lisboa Central".
A governante justifica a prioridade destes profissionais com "a referência hospitalar do SNS no fim de linha: as instituições que temos de preservar na capacidade de resposta para os portugueses e de apoio às demais unidades de saúde."
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A sala de situação que agrega a coordenação do plano de vacinação já está em funcionamento.
O Ministério da Saúde está a enviar SMS aos profissionais para aferir a disponibilidade para receber a vacina contra a Covid-19. Ainda assim, Marta Temido adianta que o processo ainda não está concluído.
"Sabemos que há instituições com um número de respostas muito significativo, o que nos faz encarar com grande expectativa a adesão dos profissionais de saúde. Quando selecionámos este grupo, é porque queremos proteger os que nos protegem", explicou.
Marta Temido garante que a preparação do sistema de administração de vacinas "é inequívoca". "Poucas horas depois da chegada de vacinas a Portugal vamos começar a vacinar", aponta.
As demais doses de vacinas estão a ser preparadas e começarão a ser administradas, aos restantes grupos de risco, em janeiro.
Nova variante do coronavírus "não terá mais risco de letalidade"
Quanto à nova variante do coronavírus, descoberta no Reino Unido, a ministra da Saúde lembra que não é a primeira estirpe, mas acarreta um alto teor de contágio.
"Não terá mais risco de letalidade, mas mais capacidade para se multiplicar. A transmissão torna-o mais preocupante, mas estamos a acompanhar."
A governante recorda que Portugal impôs restrições aos voos oriundos do Reino Unido, com a imposição de testagem aos portugueses que regressem ao país.
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