Ministra critica Fernando Araújo e garante mapas dos blocos de partos publicados esta quinta-feira
Ana Paula Martins refere que a direção-executiva atual, ainda em funções, "como está em gestão corrente, considera que não é gestão corrente colocar os mapas nos sites"
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A ministra da Saúde garantiu, no Parlamento, que o plano de verão, com indicação dos blocos de partos e serviços de urgência de ginecologia e obstetrícia e pediatria que vão funcionar no país, vai ser publicado esta quinta-feira no portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Na comissão de Saúde, Ana Paula Martins, não evitou as críticas a Fernando Araújo, ainda diretor-executivo do SNS.
"A razão pela qual não temos já os mapas desde ontem, mas vamos tê-los a partir de amanhã, é porque a direção-executiva atual, ainda em funções, como está em gestão corrente, considera que não é gestão corrente colocar os mapas nos sites, portanto, nós vamos pô-los no Portal da Saúde. Estes processos têm o seu tempo, mas posso dizer que o próximo diretor-executivo já foi à Cresap, e nós esperamos, se tudo correr bem, ou seja, se a Cresap for favorável, podermos ter uma resolução do Conselho de Ministros nesta ou na próxima semana sobre a nomeação. Agora, tem-nos deixado bastante perplexos - e eu assumo isto forma clara e objetiva - que não seja gestão corrente colocar uns mapas nos sites", afirmou.
A ministra da Saúde desvalorizou o facto de o portal do SNS ter deixado temporariamente de dar essa informação por falta de médicos para completar as escalas. "Nós vamos colocar esses mapas, mas esses mapas estiveram sempre desatualizados, permanentemente desatualizados. O SNS24 Grávida, até agora, já tem cerca de 2000 grávidas, ou seja, 275 grávidas por dia que são orientadas. Não andam à procura, a bater de porta em porta, nem ficam sentadas à porta das maternidades à espera que o CODU as venha buscar, que não é raro acontecer, porque sabem exatamente para onde é que vão", sublinhou.
Segundo a ministra, 75% das grávidas são encaminhadas para o SO (serviço de observação) porque "estão em trabalho de parto ou estão em situação que precisam de apoio complexo".
Perante estes dados, a ministra considerou que, pelo menos até agora, houve uma melhoria nesta área.
Dirigindo-se a Mariana Vieira da Silva, disse que houve uma melhoria, porque atualmente existe, pelo menos, uma maternidade aberta na Península de Setúbal, "que era uma coisa que no período homólogo do ano passado" não havia.
"Apesar de, com certeza, termos muitas horas de espera [nas urgências], isso não tem a ver com obstetrícia", vincou