Debate de atualidade no parlamento sobre o serviço público com a polémica do Sexta às 9 em fundo. Graça Fonseca nega ingerência e dispara para o PSD, acusando-o de tentar denegrir a RTP com vista à privatização.
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"Algo de grave se passa na RTP e algo de grave se passa no governo". Abriu assim o PSD, na voz do deputado Paulo Rios, o debate de atualidade no parlamento, mas foi o PS quem mais foi criticado. À cabeça, com a ministra da Cultura a acusar o PSD de tentar desestabilizar a empresa pública sem o querer admitir.
"Eu também me questiono se o que está em causa não é, mais uma vez, criar uma situação de desestabilização, de ingerência, essa sim do PSD na RTP, para denegrir a RTP e criar condições para voltar a defender a privatização da RTP como já defendeu no passado e gostaria de voltar a defender no futuro", acusou a governante Graça Fonseca.
Antes, já o PS tinha disparado para a bancada social-democrata: José Magalhães nota que na RTP há "uma intriguinha que foi plantada, desenvolvida e comerciada" pelo PSD.
O parlamentar Paulo Rios não se fica e lembra os recentes episódios em Chelas com o plenário de jornalistas e a demissão da direção de informação da televisão pública. "Quisemos perceber melhor e, a partir daí, foi o desfolhar que se sabe, foram eles com eles. Quem não aceitou aqueles comportamentos foram os jornalistas da RTP, mais de 120 num plenário, que acusaram a direção de informação de deslealdade, violação de deveres deontológicos", aponta Paulo Rios.
Assunto arrumado em plenário, mas não vai ficar por aqui porque foi aprovada, na semana passada, a audição urgente da diretora-adjunta Cândida Pinto, do diretor de programas, José Fragoso, e ainda a Comissão de Trabalhadores.