Helena Carreiras acredita que atual crise política não irá afetar apoio à Ucrânia.
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A ministra da Defesa, Helena Carreiras destacou esta tarde o "grande consenso nacional" sobre a ajuda de Portugal à Ucrânia, por essa razão acredita que a atual crise política não irá afetar os compromissos assumidos pelo país. Helena Carreiras falava esta terça-feira em Bruxelas, no final da reunião de ministros da Defesa, em que deixou uma "mensagem de uma continuidade do apoio à Ucrânia".
"É um trabalho que vai continuar numa perspetiva de mais longo prazo", afirmou a ministra, assegurando que Portugal acompanha "outros países", na promessa de apoio de longo prazo, "tal como nos foi também solicitado pelo Ministro da Defesa Ucraniana, que participou nesta reunião por Videoconferência".
A ministra, que participa pela última vez numa reunião europeia, antes de o Governo entrar em gestão, afirmou ainda aos jornalistas que irá "cumprir a missão que lhe foi confiada até ao fim".
"Sou Ministra da Defesa e estarei até à altura da mudança de Governo", garantiu.
Questionada sobre se as limitações durante o período de vigência do Governo de gestão podem pôr em causa a ajuda à Ucrânia, a ministra garantiu que o "compromisso vai manter-se".
"Há um grande consenso nacional, como sabem, sobre a nossa ajuda à Ucrânia. De uma forma geral, concordamos que é algo que tem de ser feito, temos de continuar a fazer. Aliás, aqui, nesta reunião de Ministros da Defesa, acabei por reafirmar esse nosso compromisso de apoio à Ucrânia, (...) manifestando a nossa permanência nas coligações em que estamos, de apoio à Ucrânia", afirmou.
A ministra falou ainda sobre o objetivo da União Europeia entregar à Ucrânia "um milhão" de munições de artilharia. De acordo com o ministro alemão da Defesa, Boris Pistorius essa meta não será alcançada, estando atualmente apenas cumprido um quarto do objetivo.
Helena Carreira admitiu que poder-se-ia "ter feito mais" ao nível europeu, para assegurar os contratos de encomendas necessários. No entanto, a ministra acredita que até à próxima "primavera" a meta possa ter sido alcançada, embora admita que "ninguém pode garantir".
Notícia atualizada às 17h00