Ministra da Justiça confirma "conversa curta" com Galamba, mas não sabe quem contactou SIS
A ministra da Justiça garante que a conversa "foi curta" e apenas sobre a Polícia Judiciária.
Corpo do artigo
A ministra da Justiça confirma que falou com João Galamba na noite em que, alegadamente, o antigo adjunto Frederico Pinheiro roubou o computador da sede do Ministério das Infraestruturas. Catarina Sarmento e Castro revela que a conversa foi curta, João Galamba "estava preocupado" e queria estabelecer contacto com a Polícia Judiciária (PJ). Os Serviços de Informação e Segurança (SIS) não entraram na conversa.
Catarina Sarmento e Castro garante que "não sabe" quem acionou o SIS, "nem tinha de saber", e adianta que o ministro João Galamba apenas lhe pediu para estabelecer contacto com a PJ. Foi o próprio ministro a adiantar que tinha entrado em contacto com a responsável pela Justiça, numa conferência de imprensa onde tentou explicar a atuação do SIS.
"Confirmo, de facto, que o ministro das Infraestruturas me ligou. Confirmo também que o teor da conversa foi sobre a PJ. Isto é, foi uma conversa curta, que durou dois minutos. Telefonou-me às 23h00 e, no fundo, pretendia entrar em contacto com a PJ", descreveu.
16364666
A ministra reconhece que João Galamba "estava preocupado" e "manifestou essa preocupação", pelo que queria que a ministra da Justiça estabelecesse contacto com a polícia criminal, "quem tem a competência nessa área".
Catarina Sarmento e Castro garante que "a única pessoa com quem falou" foi João Galamba e apenas sobre a PJ, que tutela. Logo depois do telefonema de João Galamba, foi a própria ministra a falar com o diretor nacional da PJ que terá, mais tarde, contactado o ministro das Infraestruturas.
"Sou eu que ligo à PJ, o membro do Governo que ligou à PJ foi, como tinha de ser, a ministra da Justiça", acrescentou.
Para passar "uma mensagem de tranquilidade", a ministra pediu "serenidade na salvaguarda das instituições", alertando que "o ruído favorece os que estão prontos para atacar a democracia".
Sarmento e Castro foi ouvida, no Parlamento, a pedido do Chega, apesar do chumbo do requerimento pelos votos contra da maioria absoluta do PS. No entanto, o partido de André Ventura apresentou um pedido potestativo para obrigar a ministra a prestar esclarecimentos aos deputados.
António Costa já tinha garantido que não foi informado do envolvimento do Serviço de Informação e Segurança (SIS) na recuperação do computador e que ninguém do Governo deu ordens de atuação aos serviços de informação.
16368642
Notícia atualizada às 13h07