Referindo-se ao mapa judiciário, Ricardo Rodrigues, do PS, disse que a ministra cedeu à "real politik" ao primeiro anunciar o fecho de tribunais e depois recuar perante a proximidade das autárquicas.
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A ministra da Justiça admitiu, esta terça-feira, ser fiscalizada todos os dias, mas não de «dedo em riste e falando em saídas de sendeiro».
«Há um mínimo que a prática parlamentar exige», afirmou Paula Teixeira da Cruz durante uma audição na Comissão parlamentar de Direitos, Liberdades e Garantias, em resposta ao socialista Ricardo Rodrigues.
Antes, este deputado do PS tinha acusada a titular da pasta da Justiça de ter tido uma «entrada de leão» na questão do mapa judiciário, ao anunciar que iriam ser encerrados tribunais.
«Depois, a verdade é que a organização judiciária cedeu à 'real politik'. Ou seja, vamos entrar em campanha para as autárquicas e não convém nada que esse tema seja tratado», acrescentou.
Após um despique com a deputada do PS, Isabel Moreira, a ministra frisou que o «encerramento de tribunais, como os estatutos das magistraturas, estão dependentes da Lei da Organização Judiciária, que está neste Parlamento em apreciação».
Depois de o social-democrata Hugo Velosa ter perguntado se tinha sido votado algum requerimento para que que esta lei fosse discutida de forma imediata, o socialista Ricardo Rodrigues anunciou que um requerimento neste sentido na quarta-feira.