A espécie que já teve neste local a maior população mundial diminuiu 90%. De milhões de exemplares que existiam, os cientistas estimam que subsistam apenas 100 mil. A Universidade do Algarve está criar a espécie em cativeiro.
Corpo do artigo
Os cavalos-marinhos nadam nos tanques. Estão em cativeiro e, esta terça-feira, estiveram sob o olhar da ministra do Mar.
Ana Paula Vitorino ouviu as explicações dos cientistas: "Esta da risca é o macho", explica o biólogo marinho. "Há dias ouvi que um indivíduo tinha sido apanhado com dois mil exemplares: isso é a produção de um ano", escandaliza-se Ana Paula Vitorino.
TSF\audio\2019\06\noticias\04\maria_augusta_casaca_cavalos_marinhos
A Ria Formosa era o local onde no mundo havia mais cavalos-marinhos e a pesca ilegal foi um dos fatores que levou a que este local tenha assistido a uma diminuição de cerca de 90% desta espécie.
Onde dantes havia milhões de exemplares os biólogos marinhos, estima-se que não existam mais de 100 mil. Além da pesca ilegal, também a destruição das pradarias marinhas pela mão humana ou o excessivo tráfego marítimo têm contribuído para o desaparecimento da espécie.
A ministra do Mar admite que nesta zona possam vir a ser criados santuários de cavalos-marinhos, em conjugação com as áreas marinhas protegidas. Locais onde os cavalos-marinhos possam reproduzir-se.
O biólogo Miguel Correia um dos coordenadores do projeto dos cavalos-marinhos em cativeiro sublinha que não basta criar os santuários é preciso também haver maior fiscalização da pesca ilegal ou da pesca de arrasto que dizima as pradarias marinhas que são o habitat desta espécie.
Este projeto de criar cavalos-marinhos em cativeiro já consegue ter um sucesso de cerca de 70% e, no futuro, os cientistas admitem que possam fazer o seu repovoamento da Ria Formosa.
Durante a visita, a ministra do Mar abriu a porta a um aumento da quota de pesca da sardinha.
Assim, no final de julho é permitido o aumento de mais 2700 toneladas, mas Ana Paula Vitorino admite um aumento um pouco maior.