A ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, recusa «a pressão e a força» na contestação ao novo mapa judiciário, salientando que o Governo sempre «mostrou abertura» para dialogar.
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«Sempre disse que a força não é a melhor forma de iniciar uma negociação, muito menos quando não se apresentam motivos substantivos, fundamentações», referiu a governante, a propósito dos protestos pela perda de competências do tribunal de Chaves.
Paula Teixeira da Cruz notou que «o Ministério da Justiça sempre mostrou abertura para, se estivesse errado ou se estivesse equivocado sobre aquilo que era a estrutura do mapa, rever esses números».
Depois da sessão de abertura das Conferências da AAFDL (Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa), a ministra da Justiça defendeu o novo mapa judiciário, comparando com a realidade sueca.
«Temos um país de dimensão semelhante à Suécia, que tem 46 tribunais de primeira instância. Nós temos mais de 200, mesmo com a reforma. E não venham falar de dificuldade de acessibilidade porque o norte da Suécia está gelado todo o ano. Racionalidade, dificuldade de transportes, para tudo isso seremos sensíveis, menos para a pressão e a força», concluiu.
Antes de prestar declarações, Paula Teixeira da Cruz deu «uma aula» a jovens estudantes de Direito e, além de falado nas reformas realizadas no sistema judiciário, referiu que «não se deve cercear o acesso à profissão» de advogado, magistrado do Ministério Público e juiz.