João Gomes Cravinho frisou que o atual Governo "conseguiu estancar a sangria ocorrida entre 2012 e 2016".
Corpo do artigo
O ministro da Defesa reconheceu na manhã desta quarta-feira, no Parlamento, que o "o número de efetivos nas Forças Armadas não é satisfatório".
João Gomes Cravinho tratou também de sublinhar que o atual Governo "conseguiu estancar a sangria ocorrida entre 2012 e 2016", durante a audição na Comissão de Defesa na Assembleia da República.
"Dos 31.143 em 2012, passámos para 26.154 em 2016. Desde então, estabilizou, com 2018 a terminar com 26.500", concretizou o ministro da Defesa.
Ainda assim, o membro do Governo considera que este número "não é satisfatório, não nos interessa apenas estancar. Queremos aumentar o número de efetivos para próximo dos 30 mil, que é o número desejável para as nossas Forças Armadas, e pusemos vários fatores em campo para atingir esse objetivo", analisou Gomes Cravinho, em resposta ao deputado do CDS João Rebelo, durante a audição.
TSF\audio\2019\06\noticias\05\joao_gomes_cravinho_01_12h
O ministro considera que medidas que entretanto foram tomadas, como o aumento do vencimento no momento de entrada no serviço, o plano de profissionalização, o plano de igualdade, entre outras, poderão permitir as "melhorias no prazo de dois a três anos".
"Há, desde 2008, creio, a identificação da necessidade de se estabelecer um entendimento sobre o eventual emprego de Forças Armadas em território nacional, em caso devidamente justificado", revelou ainda.
TSF\audio\2019\06\noticias\05\joao_gomes_cravinho_2_acordo_sis_fa_
A Operação Areia Branca foi outro dos assuntos que o ministro da Defesa contemplou na Comissão de Defesa na Assembleia da República.
João Gomes Cravinho insistiu em defender a ação da Marinha durante as ações para travar os traficantes. "A Marinha fez toda a análise necessária, e chegou à conclusão - corretíssima - de que tinha os meios necessários para prender o navio. Houve uma decisão de natureza puramente operacional."
TSF\audio\2019\06\noticias\05\joao_gomes_cravinho_3_operacao_areia_branca
"A Marinha não consultou, nem tinha de me consultar, quanto à decisão a tomar", esclareceu Gomes Cravinho, para quem a Marinha "cumpriu plenamente a sua missão, sem qualquer dificuldade ou risco" e com "rapidez e determinação".