Ministro anuncia mais agentes para a PSP. Sindicato diz que Governo podia ter ido mais longe"
Presidente da Associação Sindical dos Profissionais de Polícia acredita que era necessário 1000 elementos para fazer face às dificuldades.
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O ministro Eduardo Cabrita anunciou mais 600 agentes para a PSP no próximo ano mas a Associação Sindical da Polícia diz que não chega para as necessidades do setor.
O ministro da Administração Interna esteve no encerramento de um curso que permitiu formar, este ano, 400 agentes e sublinhou a importância de renovar o número de operacionais, com o anúncio de um novo curso.
"A aposta na renovação da polícia é decisiva e, por isso, anunciei aqui que o próximo curso terá 600 elementos, é um crescimento de 50% e é um dos maiores cursos desde há muito tempo", ressalvou o governante. Neste seguimento, Eduardo Cabrita manifestou ainda a convicção de que 2019 será um ano bastante positivo para a PSP.
Já Paulo Rodrigues, o presidente da Associação Sindical dos Profissionais de Polícia considera que a formação de mais 600 agentes não responde às necessidades da polícia.
"Tendo em conta aquilo que o Ministério sabe da dificuldade efetiva da média de idades que está altíssima e que temos tido, por causa disso, grandes dificuldades naquilo que é a gestão do serviço operacional, parece-me que o governo podia ter ido mais longe em número de recrutamentos, não só porque 600 fica abaixo dos 800 que estavam previstos mas também porque não tem sido cumprido o número que tinha sido previsto", explicou.
Na opinião de Paulo Rodrigues, "1000 elementos eram aqueles que neste momento seriam necessários para fazer face às dificuldades de falta de efetivos".