Ministro apela a portugueses no Reino Unido para pedirem direitos de residência
Augusto Santos Silva lembra, em entrevista à TSF, que que quem entrar no país até ao final deste ano tem os mesmos direitos que existiam antes do Brexit.
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O ministro dos Negócios Estrangeiros apela aos portugueses que vivem no Reino Unido e ainda não reclamaram os direitos de residência que o façam. Em entrevista à TSF, Augusto Santos Silva explica que quem entrar no país até ao final deste ano tem os mesmos direitos que existiam antes do Brexit.
"O apelo que eu faço é que os 70 mil que ainda não pediram o façam o mais depressa possível. Nós temos tempos, visto que para efeitos dos direitos dos cidadãos", começa por alertar.
Santos Silva lembra que "aqueles que estão a residir no Reino Unido ou que entrem no Reino Unido até ao último dia deste ano têm os direitos de residência acautelados nos mesmos termos que acontecia quando o Reino Unido era membro da União Europeia", ou seja, "quem tiver mais de cinco anos de residência tem direito a um título de residência permanente (não se têm de preocupar mais) e quem não tiver os cinco anos, o tempo que tiver conta para efeitos do cálculo desses cinco anos".
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O governante acredita que o Brexit não vai quebrar os laços históricos entre Portugal e o Reino Unido, antes pelo contrário: "Há aqui uma oportunidade para aumentar ainda mais a relação bilateral. O que acontecia até agora era bastante curioso, porque Portugal e o Reino Unido são os mais velhos aliados historicamente, têm uma proximidade política, cultural, universitária que toda a gente vê, mas na União Europeia estiveram sempre em campos opostos em todas as grandes questões da construção europeia: Schengen, euro, a união política. A posição portuguesa muito pró construção europeia contrastava com a posição britânica sempre eurocética, sempre distanciada, sempre a querer exceções e exceções. Esta desarmonia agora termina", remata.
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