O Sinapol tem distribuído panfletos a turistas nos aeroportos para alertar para as dificuldades dos polícias. O ministro da Administração Interna considerou hoje a iniciativa «verdadeiramente lamentável».
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Para Miguel Macedo, esse alerta «não corresponde à verdade, porque, nos termos do relatório anual da Segurança Interna, os resultados da criminalidade em Portugal em 2013 foram os melhores da última década».
«Portanto, Portugal é um país seguro e um destino seguro, como de resto várias sondagens com muitos turistas que nos visitam bem assinalam», acrescentou.
O Sinapol tem distribuido panfletos aos turistas nos aeroportos, alertando que as dificuldades por que alegadamente passam os polícias podem fazer perigar a segurança do país.
Miguel Macedo considera que a ação do Sindicato Nacional da Polícia é também lamentável porque «significa verdadeiramente um desprezo pelo trabalho dos milhares de homens e de mulheres das forças de segurança, que garantem a segurança do país e dos portugueses».
«Compreendo que tenha essa dimensão de desprezo por esse trabalho porque, no caso concreto - não quero deixar de dizer isto porque gosto de ser frontal nestas matérias - esse dirigente em causa, por exemplo, no ano passado, entre trabalho sindical, assistência à família e doenças teve de trabalho policial zero dias», criticou.
Em 2012, ainda de acordo com Miguel Macedo, foram 11 dias de trabalho policial. «Se todos os polícias fossem, coisa que não são, tão empenhados no trabalho policial como esse dirigente sindical, aí sim tínhamos razões para temer pela segurança do país. Felizmente, não é o caso», rematou.
Miguel Macedo falava em Amares, à margem de uma sessão de entrega às corporações de bombeiros do norte do país de equipamentos portáteis para operação na Rede SIRESP - Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal, onde também comentou o caso em São João da Pesqueira.
Há quase um mês que GNR e PJ tentam apanhar o homem responsável pela morte de duas mulheres e ferimentos em outras duas.
O ministro diz que tem total «confiança» nos elementos da GNR e da PJ, mas admite que «todos» desejariam que a operação já tivesse terminado. O suspeito é um homem de 61 anos, que estava com pulseira eletrónica desde outubro de 2013.