Ministro da Defesa reforça "empenho político" para que investigação apure factos
Azeredo Lopes recusou pronunciar-se sobre o conteúdo do comunicado da PGR, que refere que os sete militares são suspeitos da prática de crimes de abuso de autoridade e crimes de omissão de auxílio.
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O ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, reforçou esta quinta-feira o empenho político em que a investigação criminal à morte de dois instruendos do 127.º curso de Comandos "aclare os factos", afirmando-se convicto de que "será exemplar".
A Procuradoria-Geral da República (PGR) emitiu mandados de detenção a sete militares, cinco oficiais e dois sargentos, no âmbito do inquérito às circunstâncias do treino que levaram à morte de dois alunos no 127.º curso de Comandos.
Em declarações aos jornalistas em São Tomé e Príncipe, onde termina hoje uma visita oficial, Azeredo Lopes destacou o "empenho político" em que "estes factos fossem devidamente aclarados e avaliados por quem de direito, neste caso no quadro da investigação criminal".
E, acrescentou, "também queria deixar claro que não estou a presumir rigorosamente nada".
"A questão está transferida para a esfera do poder judicial, para a investigação criminal. Tenho a certeza de que será exemplar", disse.
O ministro recusou, no entanto, pronunciar-se sobre o conteúdo do comunicado da PGR, que refere que os sete militares são suspeitos da prática de crimes de abuso de autoridade e crimes de omissão de auxílio.
"Num caso desta natureza com o impacto que teve a perda de duas vidas e o perigo para outras é muito importante que se saiba como aconteceu, o que aconteceu e, se for caso disso, quem deve ser responsabilizado", disse.