O ministro do Planeamento e das Infraestruturas fala de um crescimento de 80% no investimento na segurança das estradas portuguesas.
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A conservação e manutenção da rede rodoviária nacional vai beneficiar, nos próximos três anos, de um investimento de cerca de 125 milhões de euros, anunciou esta sexta-feira, em Sintra, o ministro do Planeamento e das Infraestruturas.
"Ao longo do segundo semestre de 2017 estamos a preparar os concursos públicos para ter no terreno, nos próximos três anos, 125 milhões de euros de investimento na conservação, de investimento na manutenção da nossa rede rodoviária", afirmou Pedro Marques.
O governante, que falava durante uma visita às obras de reabilitação da Estrada Nacional 117, entre o Pendão e Belas, concelho de Sintra, considerou que se trata de um "investimento importantíssimo também na segurança das populações, também nos pavimentos, também nas drenagens".
Para o ministro, o plano de conservação corrente da Infraestruturas de Portugal (IP), que vai abranger entre 2018 e 2020, uma extensão de 14.192 quilómetros e 5.831 obras de arte, com um investimento base global de 124,7 milhões de euros, representa um "investimento crítico, como também se compreendeu infelizmente recentemente", em relação à "questão da ceifa e das faixas de proteção" às vias rodoviárias.
Durante o próximo ano, o ministro acredita que será realizado "um crescimento de 80% do investimento rodoviário por parte da IP".
Infraestruturas de Portugal aumenta intervenção
O presidente da IP, António Laranjo, assegurou que a "esmagadora maioria" dos 18 contratos de conservação para os 18 distritos do continente "estão já em concurso".
Os valores base dos concursos variam entre 4,8 milhões de euros (no distrito de Faro) e 10,3 milhões (Beja), com a manutenção focada principalmente em três níveis de intervenção, relacionados com pavimentação, ceifa e corte seletivo, e reconstrução ou construção de órgãos de drenagem.
Segundo fonte da IP, a empresa gestora das infraestruturas rodoviárias e da ferrovia costumava realizar uma a duas ceifas por ano e, na sequência dos incêndios florestais que devastaram o Centro e Norte do país, passarão a ser efetuadas duas ceifas por ano, nos três metros laterais às vias.
Além desta intervenção, está previsto que a IP assuma a limpeza em 10 metros laterais às estradas nas zonas em que existam Planos Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios aprovados, com corte seletivo de vegetação e arvoredo.