Já não está tudo por fazer e veem-se milhares de pinheiros em desenvolvimento na Mata Nacional de Leiria. No entanto, prevalecem grandes áreas onde não há pinhal e continua a ser necessária a rearborização.
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O ministro do Ambiente anunciou este sábado um novo ciclo de investimento, que vai prolongar-se até 2025.
"Interviemos em cerca de 30 por cento do território, gastámos cerca de 3,5 milhões de euros até ao momento", detalhou. "Temos previsto agora um novo ciclo que já está contratualizado, está identificado, mais 5,5 milhões de investimento."
Agora, porque, neste momento, "olhando para as zonas que foram identificadas como zonas de regeneração natural, percebe-se quais as que tiveram sucesso e quais é que não tiveram sucesso", argumenta Duarte Cordeiro.
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"Nas que não tiveram sucesso na sua missão de regeneração natural, vão agora sofrer obviamente uma intervenção de rearborização", explica.
Cinco anos depois do incêndio que destruiu 86% do Pinhal de Leiria, Duarte Cordeiro, que visitou a Mata Nacional inteiramente localizada no concelho da Marinha Grande, garante que existirão os recursos necessários para a recuperação, até 2038.
"A Mata Nacional de Leiria é um tesouro nacional, não faltarão recursos nenhuns para a sua recuperação", assegurou.
O ministro do Ambiente salientou também o "passo adicional" dado este sábado na gestão da floresta, com a assinatura de um protocolo com os municípios e a Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria. Os municípios vão ficar responsáveis por alguns talhões no Pinhal de Leiria (Marinha Grande) e nas matas nacionais do Urso e do Pedrógão, nos concelhos de Pombal e Leiria.
Além das taxas de insucesso que obrigam a replantar algumas áreas, o presidente do ICNF, Nuno Banza, dá conta de projetos para controlar as plantas invasoras, um problema identificado por vários especialistas, por condicionar o crescimento dos novos pinheiros.
Já o presidente da Câmara da Marinha Grande, Aurélio Ferreira, mostra-se agora mais confiante no futuro da Mata Nacional de Leiria.
"Naturalmente que sim, podíamos ter feito mais rápido, podíamos ter feito de outra forma. O que estamos a fazer neste momento acho que é o correto, acredito, confio, nos técnicos e no que está a fazer o ICNF."
Até 2025, o Governo espera chegar a nove milhões de euros de investimento no Pinhal de Leiria, onde a madeira ardida, já retirada e comercializada, rendeu ao Estado 17 milhões de euros.