Situação do fósforo excessivo já tinha sido exposta na Assembleia da República. Resultados das análises devem ser públicos dentro de poucos dias.
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O ministro do Ambiente adianta que existem, desde segunda-feira, dois amostradores passivos para avaliar em contínuo a qualidade da água do rio Tejo. João Pedro Matos Fernandes admite também a existência de fósforo acima dos valores máximos admissíveis no rio.
"O fósforo, de facto, já era conhecido há cerca de uma semana, 15 dias. Disse na Assembleia da República que o fósforo ultrapassa reiteradamente os valores máximos admissíveis no Tejo. Vem sobretudo da atividade agrícola (...) e quando a água entra em Portugal, já tem fósforo a mais", afirmou João Pedro Matos Fernandes, depois de questionado sobre a qualidade da água do rio.
O ministro explica que existem, desde segunda-feira, dois amostradores passivos no rio Tejo que vão permitir uma análise contínua da qualidade da água no rio.
"Estão neste momento em teste mas, em dias, começarão a produzir resultados e a ser públicos. Ou seja, se até março de 2016, nem análises se faziam com periodicidade (...), desde segunda-feira, temos dois sítios em continuo no Tejo que nos passarão a poder fazer uma leitura também em contínuo da qualidade da água", sustenta.
O governante, que falava em Idanha-a-Nova, disse ainda que há atualmente dados sobre a qualidade da água do rio Tejo e que não existiam antes.
"Só desde março de 2016 é que eles começam a ser recolhidos. E por isso não há qualquer razão para achar que a qualidade piorou. Aliás, os poucos dados que temos, que são muito poucos (...) demonstram até uma melhoria, ainda que muito paulatina, da qualidade da água, sobretudo em consequência da construção de um conjunto de estações de tratamento de águas residuais".