O ministro da Administração Interna afirmou que quer continuar a trabalhar "com o Parlamento".
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O ministro da Administração Interna admitiu, numa audição sobre a morte do cidadão ucraniano pelo SEF, que ele e o Governo podem errar, mas não há dúvidas quanto a valores fundamentais dos direitos humanos.
Foi já nos minutos finais da audição, que se prolongou por duas horas e meia na comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, que Eduardo Cabrita foi lembrado que não respondera a várias perguntas dos deputados, incluindo se admitia ou ia demitir-se do cargo.
"Fui inequívoco na resposta", respondeu a Luís Marques Guedes, presidente da comissão, que enumerou as perguntas sem resposta.
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Momentos antes, tinha assumido um compromisso que só seria possível se continuasse no Governo: trabalhar "com o Parlamento", "prestando contas nas audições regimentais" noutras "específicas, como esta".
"Estou aqui hoje e estarei sempre que assim o entendam", reforçou.
Depois, sem relacionar a frase com o caso que o levou a responder na comissão - a morte do cidadão ucraniano Ihor Homeniuk, nas instalações do SEF, no aeroporto de Lisboa, em março - admitiu erros, sem dizer quais.
"O Governo certamente poderá cometer erros. E o ministro, no plano pessoal, ainda mais. Sou o primeiro a entender que claramente que posso errar, [mas] não temos dúvidas quanto aos valores fundamentais", afirmou.
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