Álvaro Santos Pereira lembrou que a sua chefe de gabinete «tem as qualidades para governar um super-ministério» e que a «qualidade tem de ser paga».
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O antigo secretário de Estado das Obras Públicas, Paulo Campos, questionou, esta terça-feira, o Ministro da Economia sobre a razão pela qual a chefe de gabinete do ministério ganhava mais 50 por cento que os outros chefes de gabinete do Governo.
Depois de o ex-ministro socialista ter ironizado que esta era a «famosa teoria da poupança que vai no Ministério da Economia», Álvaro Santos Pereira lembrou que Marta Neves, ex-directora da regulação da PT Comunicações, «é uma super-chefe de gabinete».
«A qualidade tem de ser paga. Se fui buscar uma das melhores profissionais para ser minha chefe de gabinete é porque entendo que esta pessoa tem as qualidades que preciso para governar um super-ministério como o chamaram aqui», acrescentou durante uma audição no Parlamento.
A explicação não agradou a Paulo Campos, que solicitou ao presidente da Comissão Parlamentar de Economia que dissesse a Álvaro Santos Pereira que o ministro voltou a fazer uma «manipulação, porque tentou comparar o actual ministério a dois ministérios e meio».
Nesta audição, o ministro Álvaro Santos Pereira aproveitou para dizer que houve uma redução de cerca de 50 por cento em adjuntos, assessores e secretários de Estado em relação ao governo anterior.