Ministros, devedores e outros. PS quer ouvir 63 entidades no inquérito sobre Novo Banco
Entre as personalidades e entidades que o PS quer ouvir estão os ministros das Finanças e os governadores do banco de Portugal desde 2014, além dos 10 maiores devedores do Novo Banco.
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O PS quer ouvir 63 entidades e personalidades, no âmbito da comissão de inquérito à gestão do Novo Banco. Entre estas estão os ministros das Finanças e os governadores do banco de Portugal desde 2014, além dos 10 maiores devedores do Novo Banco.
"Queremos ouvir os ministros das Finanças e secretários de Estado das Finanças desde 2014, queremos ouvir os governadores do Banco de Portugal desde 2014 e, portanto, também queremos ouvir os responsáveis máximos dos grandes devedores ao Novo Banco. Numa fase inicial, propomos ouvir os dez maiores devedores do Novo Banco e admitimos que, numa fase posterior, possamos chamar um segundo grupo de grandes devedores", explica o deputado socialista João Paulo Correia à TSF.
O PS tem sete perguntas-chave para fazer a estas entidades e a primeira é :"Porque é que um conjunto elevado de ativos problemáticos não ficaram no BES e passaram para o Novo Banco, com auxílio do Estado?"
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João Paulo Correia explica que estes "são ativos que todos conhecemos, que têm sido notícia ao longo dos últimos anos, que têm gerado perdas do Novo Banco, com chamadas de injeção de capital por parte do Fundo de Resolução".
Dos pedidos de PSD, Bloco, PCP, CDS, PAN e Iniciativa Liberal, são mais de 200 as personalidades a ouvir, desde antigos ministros das Finanças, secretários de Estado, responsáveis bancários e clientes do Novo Banco, com destaque para Luís Filipe Vieira. Os nomes mais surpreendentes são os da comissária Margrethe Vestager e o do pirata informático Rui Pinto. O prazo terminou ontem e foram sete os partidos a apresentarem requerimentos sobre o assunto.
O deputado do PS explica que "os partidos vão ter de se entender quanto àquilo que consideram que são os nomes e as entidades prioritárias a ouvir" e adianta que "é óbvio que não é materialmente possível ouvir todas as entidades e personalidades propostas, mas há um conjunto de nomes comuns a todos os partidos".
"Pelo menos essa coluna de nomes comuns deve ser ouvida e o PS vai bater-se por isso", remata.