A União das Misericórdias diz que o Governo cumpriu a promessa de criar mais 800 camas para os cuidados continuados, mas alerta que é preciso repensar o modelo definido em 2006, porque a realidade do país mudou.
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O presidente da União das Misericórdias sublinha que é preciso repensar a rede de cuidados continuados de maneira a responder a novas necessidades que se apresentam à sociedade portuguesa.
Em declarações à TSF, Manuel Lemos congratula-se com o facto de o Governo ter cumprido uma promessa feita em julho qiue previa o reforço da oferta com mais 800 camas. A maior parte, cerca de 70 por cento, já foi instalada nas misericórdias e o mesmo terá acontecido noutras instituições.
O presidente da União das Misericórdias recorda, no entanto, que já passaram quase oito anos desde a criação da rede de cuidados continuados e que, desde então, ocorreram várias mudanças. Por exemplo, há agora cada vez mais pessoas com demência às quais é preciso dar resposta.
No âmbito desse processo de melhoramento da rede de cuidados continuados, Manuel Lemos particulariza uma realidade, a do interior do país.
Para além da adaptação à nova realidade, Manuel Lemos afirma que é também urgente continuar a disponibilizar mais camas. Lembra ainda que por falta de verbas há ainda várias unidades de cuidados continuados que continuam encerradas.
Nesta altura, Portugal tem entre 8 a 9 mil camas de cuidados continuados. Um estudo encomendado pelo Governo de José Sócrates em 2006 (quando foi criada a rede) apontava para a meta de 15 mil camas em 2016.