Os congressistas do CDS escolheram a moção de Francisco Rodrigues dos Santos, o que deixa o líder da JP a um passo da liderança do partido centrista.
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A moção 'Voltar a Acreditar', encabeçada por Francisco Rodrigues dos Santos, foi a mais votada no Congresso do CDS, com 671 votos, o que representa 46,4% do eleitorado.
Depois de mais de 16 horas de Congresso, com apresentação das moções e defesa das mesmas, os congressistas decidiram dar ao líder da JP um voto de confiança que o deixa a um passo da liderança do partido.
João Almeida ficou em segundo lugar com 562 votos (38,9% dos votos) e Filipe Lobo d'Ávila em terceiro lugar com 209 (14,45% dos votos).
Após conhecidos os resultados, Francisco Rodrigues dos Santos regressou à sala onde decorre o Congresso com gritos de 'CDS' e seguido por dezenas de militantes.
"Se eu achasse que não tinha condições para ser o melhor candidato à liderança do partido e, consequentemente, o seu presidente para esta circunstância, não me tinha candidatado", revelou o líder da JP, com um sentimento de "missão cumprida", logo após serem conhecidos os resultados que lhe atribuíram a vitória.
Francisco Rodrigues dos Santos quer ser a cara de uma "renovação", de um "reposicionamento do CDS" e de uma "reestruturação".
Tal como tinha dito durante a tarde, o sucessor de Assunção Cristas garante que estar "diariamente em contacto com os portugueses, mostrando um CDS atento, vigilante, presente, que fala a linguagem das pessoas". "O CDS vai ser o braço direito de todos os portugueses", assegurou.
Rodrigues dos Santos anunciou que Cecília Meireles é a sua líder da bancada parlamentar, mas após falar com a deputada será tomada uma decisão entre todos. Questionado sobre a hecatombe de deputados nas Legislativas, foi perentório: "Vamos reconquistar não só os que perdemos, mas elevar fasquia."
Francisco Rodrigues dos Santos admite não saber o que os adversários vão fazer, mas acredita na "norma não-escrita que atribui ao vencedor possibilidade de apresentar listas aos órgãos nacionais".
"Foi o espírito com que me candidatei. Se a minha moção não fosse a mais votada, não apresentaria listas", assegurou.