Francisco Assis apresentou, esta quarta-feira, a moção que vai levar ao próximo congresso do PS. Uma das ideias é conciliar o mercado com o Estado Social.
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«Há muita racionalização que é possível fazer, há muita eficiência que se pode ganhar em todos os domínios do Estado Social» com a concentração de recursos, defendeu o sociólogo Rui Pena Pires, coordenador da moção, em conferência de imprensa.
Francisco Assis concorda com a extinção dos governadores civis. «É preciso fazer uma reforma, que estava aliás a ser feita e que tem de continuar, e o PS tem de ter disponibilidade para entendimentos com a actual maioria governativa para prosseguir esse esforço», defendeu.
Na moção, o candidato à liderança socialista assume que reconquistar a confiança das classes médias é um desafio que se apresenta ao agora maior partido da oposição.
«Algumas classes médias têm vindo a empobrecer nos últimos anos e de certa forma se afastaram eleitoralmente do PS», reconheceu.
Ao nível do funcionamento do partido, Assis propõe a realização de primárias com a participação de não militantes para a escolha dos candidatos do PS.
«Há uma certa relação de desconfiança dos cidadãos nos partidos e os partidos vivem um pouco afastados da sociedade», diagnosticou o ex-líder parlamentar socialista.
A proposta seria para aplicar já nas próximas autárquicas, daqui a dois anos.
António José Seguro, o outro candidato à sucessão de José Sócrates, também entregou esta quarta-feira a moção que vai levar ao próximo congresso do PS, mas não falou com os jornalistas.