
Global Imagens/Gerardo Santos
Paulo Portas considerou que o chumbo da moção foi um voto de confiança no trabalho do Governo.
Corpo do artigo
Como se esperava, a maioria parlamentar constituída pelos deputados do PSD e do CDS-PP "chumbou" a moção de censura ao Governo apresentada pelo Partido Ecologista "Os Verdes", que contou com os votos favoráveis de PS, PCP e BE.
A oposição apenas conseguiu 87 votos favoráveis, face aos 131 votos contra de sociais-democratas e democratas-cristãos.
Imediatamente após a rejeição da moção do PEV, e enquanto a maioria PSD/CDS aplaudia de pé o resultado, a esmagadora maioria dos deputados do PS abandonou o hemiciclo.
O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, defendeu que a votação e discussão da moção de censura ao Governo é, afinal, uma «espécie moção de confiança por contraste».
«Politicamente, uma censura que não censura, confia. Não andarão longe da verdade aqueles que alvitrarem que aquilo que acontecerá hoje na Assembleia da República é uma espécie de moção de confiança por contraste», defendeu Paulo Portas, momentos antes da moção ser rejeitada com os votos contra da maioria.
«Acontece aos melhores na oposição provocarem a validação do Governo por uma clara maioria», afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros, que encerrou o debate da moção de censura apresentada pelo PEV.
O Executivo liderado por Passos Coelho enfrentou no Parlamento a sua quinta moção de censura desde que está em funções e quarta durante esta sessão legislativa, que termina a 31 de julho.