
Nuno Crato
O ministro da Educação disse que o Governo vai levar à AR uma proposta para o ensino superior que mantém a possibilidade da figura das universidades-fundações, mas com outra designação.
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Nuno Crato, que falava à entrada para uma reunião conjunta com o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) e com os presidentes dos conselhos gerais universitários, garantiu que o Governo «não vai acabar com as fundações universitárias».
Admitindo que o tema possa estar em discussão no encontro, Nuno Crato disse que «o modelo que existe importa manter e aprofundar em termos de autonomia» e que a ideia de que o seu ministério pretende acabar com as fundações universitárias «é uma confusão» que importa esclarecer.
«O que nós estamos a fazer na proposta a preparar para a Assembleia da República é apenas uma alteração terminológica porque as fundações foram todas reavaliadas e estas fundações universitárias não são fundações exatamente do tipo das outras, pelo que é bom que se clarifique a diferença para todos», disse.
Nuno Crato disse que a reunião de Aveiro foi uma iniciativa das universidades pelo que não trouxe uma «ordem de trabalhos» definida, mas admitiu como natural que a questão destas instituições que optaram por se transformar em fundações esteja em apreciação.
«Vamos discutir estratégia geral em relação ao ensino superior e às universidades em particular. É uma discussão aberta e não uma representação vinculativa. As posições nunca são exatamente coincidentes, mas tem havido uma grande aproximação de pontos de vista entre os reitores e o Governo, através de um diálogo estreito e frequente, em favor da qualidade do ensino superior, do rigor e da autonomia universitária», concluiu.
A Universidade de Aveiro, tal como a do Porto, optaram pelo modelo fundacional e o reitor da Universidade de Aveiro, Manuel Assunção, insurgiu-se contra a possibilidade de serem extintas as fundações, antes de serem avaliados os resultados do modelo adotado.