Moedas "a dar tudo" para resolver problemas com lixo, atira a Medina: "Nenhum presidente fez tanto como eu"
Carlos Moedas diz que o Executivo de Fernando Medina devia oito milhões às freguesias. Autarca do PSD já desembolsou 18 milhões de euros.
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Para uma cidade limpa, Carlos Moedas garante que "esforço e empenho" da Câmara de Lisboa: até setembro vão ser contratados 190 trabalhadores e a autarquia já disponibilizou 18 milhões de euros às freguesias. O autarca do PSD puxou pelos galões, lembrou que os problemas na recolha do lixo "não são de agora" e criticou a gestão de Fernando Medina.
Carlos Moedas esteve reunido com os sindicatos afetos aos trabalhadores da Higiene Urbana para debater a recolha do lixo na capital, e garantiu que "já entraram mais de 60 cantoneiros", outros vão assinar o contrato em agosto, "e mais 30 motoristas que só entram em setembro", num total de 190 novos trabalhadores.
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"Nenhum presidente da câmara até agora fez tanto como eu estou a fazer em relação à higiene urbana. Nenhum fez tanto como eu estou a fazer. São nove meses", atirou.
Carlos Moedas diz que o Executivo de Fernando Medina devia oito milhões de euros às freguesias, numa dívida que já está paga. A coligação de direita, que lidera a autarquia desde setembro, deu ainda dez milhões de euros relativos a 2022.
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Apesar das críticas de alguns presidentes de junta, Moedas aconselha a que vejam "os números do passado e ver qual foi o presidente da câmara que num ano desbloqueou 18 milhões de euros para as freguesias".
"Quem recolhe é a câmara. Quem limpa as ruas, quem varre as ruas e limpa as papeleiras são as freguesias", esclareceu.
Carlos Moedas apela ao "empenho e dedicação de todos", incluindo autarcas e sindicatos, para "que a cidade esteja limpa e mostre ao mundo que consegue ter uma higiene urbana que é um exemplo".
E acrescenta: "Eu estou a dar tudo."
Aos jornalistas, o sindicalista Pedro Salvado, do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (STAL), garantiu que os trabalhadores têm mais "reuniões regulares" agendadas com a autarquia.
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Trabalhadores querem ser valorizados
Em declarações à TSF, Tiago Martinho, também do STAL, assinalou que a falta de trabalhadores que se verifica neste momento "é notável", e ressalvou que há também "muito absentismo por acidentes de serviço".
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Entre as soluções que identifica para o problema, o sindicalista aponta, além da contratação de ainda mais trabalhadores, "a melhoria das condições de trabalho" para reduzir o absentismo e fazer com que "os trabalhadores se sintam valorizados".
Na reunião desta quarta-feira, revelou o sindicalista, Carlos Moedas comprometeu-se a "trabalhar" nessa melhoria de condições e pediu que o auxiliassem no sentido de perceber "qual seria a melhor forma de ajudar".