Desde a introdução do euro Portugal produziu moedas de 1 e 2 cêntimos suficientes para atravessar o globo e voltar. E ainda sobram uns trocos.
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Deitadas em fila indiana, as moedas de um e dois cêntimos produzidas em Portugal desde a introdução do euro são suficientes para atravessar o planeta em linha reta e voltar. Se em vez disso forem empilhadas, chegariam para ir à sede do Banco Central Europeu, na cidade alemã de Frankfurt. E tanto num caso como no outro, ainda sobra metal.
Dados da Imprensa Nacional Casa da Moeda (INCM) mostram que desde a introdução do euro em 2002, o país já produziu um total de 953.106.172 moedas de um cêntimo, e 591.376.590 moedas de dois cêntimos. (São 9,5 milhões de euros na denominação menor, e 11,8 milhões na maior. E se transformarmos esta realidade em termos mais palpáveis, como distâncias? Vamos a isso.
Uma fila indiana até à Nova Zelândia
Pouco mais de dezasseis milímetros. 16,25 milímetros, se quisermos ir a detalhes, é este o diâmetro de uma moeda de um cêntimo, a menor das moedas de euros. Isto significa que duas moedas deitadas têm um comprimento total de 32,5 milímetros, ou 3,25 centímetros. Uma fila indiana de dez moedas mede 16,25 centímetros.
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Quanto mede então a fila das moedas já produzidas em Portugal desde 2002? Recordando uma frase que se tornou famosa pela boca de um antigo primeiro-ministro: é fazer as contas. E as contas respondem: são 15.488 quilómetros. Sim: quinze mil quatrocentos e oitenta e oito quilómetros. Confira. São 953.106.172 moedas de 16,25 milímetros.
E o que se pode comparar com esta distância? Uma dimensão literalmente planetária: o diâmetro da Terra, que é de 12.742 quilómetros.
Conclusão: esta fila de moedas de um cêntimo chegaria para atravessar o planeta e alcançar a nova Zelândia. E ainda sobram 2.746 quilómetros de moedas. Sobram, mas não chegam para a "viagem de regresso".
Para isso, temos de recorrer às moedas de dois cêntimos. Diâmetro: 18,75 milímetros. As 591.376.590 moedas produzidas desde 2002 resultam numa fila de 11.088 quilómetros. Que somados aos 2.746 quilómetros que sobraram da viagem para lá, resultam em 13.834 quilómetros, suficientes para a viagem para cá. E ainda sobram mil km de moedas.
Uma pilha daqui até Frankfurt
E se em vez de moedas em fila indiana, as empilharmos? O resultado é muito menor (a espessura destas moedas é de 1,67 milímetros) mas ainda assim impressiona: um "tubo" de todas as moedas de um e dois cêntimos produzidas em Portugal desde 2002 mede 2.579 quilómetros. Dá para alcançar a sede do Banco Central Europeu, em Frankfurt, na Alemanha. E ainda sobram uns trocos.
500 moedas de 1 e 2 cêntimos desde que começou a ler este texto
No total, desde 2002, a INCM fabricou, nas duas denominações, mais de 1.500 milhões de moedas. São cerca de 235 mil moedas por dia, ou quase 10 mil por hora. O que significa cerca de 160 por minuto, ou quase 3 por segundo.
Nesta altura deverá ter levado qualquer coisa como três minutos a ler este texto. Foram mais 480 moedas. Agora são 483. Não, são 486. Esperem: 489.