Moedas vai entregar medalha aos bombeiros que estiveram na Turquia: "São dos melhores do mundo"
O chefe dos Bombeiros Sapadores de Lisboa admitiu que a equipa queria "ficar mais tempo" na Turquia.
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A Câmara de Lisboa vai entregar a medalha municipal de bons serviços aos 15 bombeiros lisboetas que estiveram nas operações de resgate na Turquia, depois do fortes sismos que destruíram parte do país e da Síria. Carlos Moedas fala num regimento "dos melhores do mundo" e ouvi os relatos de um "cenário devastador".
A autarquia da capital homenageou, nesta segunda-feira de manhã, os operacionais Regimento de sapadores de bombeiros de Lisboa que participaram nas operações de regaste na Turquia e ficou assente que no Dia da Unidade, a 19 de maio, estes bombeiros vão receber a Medalha Municipal de Bons Serviços.
"Este regimento é dos melhores do mundo. Sempre afirmei que este regimento está extremamente bem preparado", afirmou o autarca Carlos Moedas.
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São profissionais que "não hesitam", sublinha o presidente da câmara, e que deixam os lisboetas "orgulhosos". Daí a homenagem com a medalha "que tem uma importância única".
"A medalha é atribuída aos que conseguiram, em momentos únicos, em serviço público e aos outros, honrar todos", explicou Moedas.
Na Turquia, e equipa resgatou um jovem de dez anos, "num cenário devastador", e os próprios bombeiros "tiveram de fugir" do acampamento depois de sentirem uma réplica do sismo, logo nos primeiros dias da operação.
"Nós íamos preparados, mas a devastação era tão grande que não há imagem que replique o que nós sentimos e que vimos. Demorámos 12 horas a fazer 200 quilómetros e era tenebroso. Vimos famílias à volta de fogueiras, enroladas em cobertores. Toda a gente a fugir da cidade e nós a entrarmos", descreveu Vítor Machacaz, chefe dos Bombeiros Sapadores de Lisboa.
A equipa esteve na Turquia durante dez dias, regressou no passado sábado, mas o chefe dos Bombeiros Sapadores de Lisboa admite que os 15 profissionais estavam preparados para "ficar mais tempo" no país.
"O nosso pensamento enquanto não pudéssemos remover todas aquelas pedras... Virmos embora foi um aperto muito grande. Estávamos preparados para ficar mais tempo", admitiu.
Para casa, estes profissionais levam os relatos de uma missão quase impossível e, claro, a réplica do já tradicional Santo António que receberam das mãos do presidente da câmara Carlos Moedas, antes da cerimónia para a entrega das medalhas, marcada para 19 de maio.
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