"Mondego mais Seguro" contra cheias. Ministro garante que "parte mais urgente está resolvida"
Matos Fernandes visitou as obras de recuperação das infraestruturas que foram destruídas em dezembro com as cheias. Há trabalhos que já terminaram, mas ainda há muito por fazer.
Corpo do artigo
O plano "Mondego mais Seguro" prevê um investimento de 35 milhões de euros nas obras do aproveitamento hidráulico do Baixo Mondego. Até agora, foi reparado o canal condutor do rio, no Choupal, em Coimbra, e está também a decorrer a obra de reconstrução do dique que rebentou em dezembro.
O ministro do Ambiente e Ação Climática, João Matos Fernandes, garantiu que "a parte mais urgente está resolvida. Estão neste momento em concurso cerca de oito milhões de euros para a obra, nomeadamente a regularização do rio Arunca. Os outros estão todos em concurso, sendo que alguns deles obrigam a uma revisão do projeto, como, por exemplo, a regularização do rio Ega, em Alfarelos".
Sobre a possibilidade de as obras prevenirem uma nova cheia, Matos Fernandes explica que os projetos de construção "têm sempre uma limitação", mas que "com a reparação dos diques fusíveis e com todo o reforço dessas estruturas, acreditamos que vamos conseguir ter toda esta infraestrutura do Baixo Mondego a funcionar dentro dos limites do projeto".
Ainda assim, o ministro considera que as obras vão conseguir aumentar em 10% a capacidade de resposta do projeto do mondego.
12171709
A acompanhar a visita esteve também o presidente da Cooperativa Agrícola de Montemor-o-Velho. Armindo Valente teme que as obras não acabem a tempo de regar as áreas de cultivo. "Desde o dia em que o dique rebentou até hoje, passaram praticamente cinco meses. Ainda temos esta obra toda por fazer, não sei se vai acabar daqui a um mês. E são 6000 hectares de milho que estão dependentes deste canal para que tenham água, explica.
As intervenções do plano "Mondego mais Seguro" vão ser feitas até 2023. A prioridade do governo tem sido a reposição do sistema de abastecimento de água, que inclui a rega dos campos do Baixo Mondego e o fornecimento de água à indústria de papel.