Montenegro, focado em "reanimar o país", volta a prometer "justiça" e "urgência" na resposta à população afetada pelos incêndios
O líder do Governo lamenta que a discussão sobre os "problemas concretos do território" tenha sido abafada pelo facto de os "holofotes mediáticos" se terem virado para "questões diferentes"
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O primeiro-ministro afirmou esta segunda-feira estar focado em "reanimar o país" e voltou a prometer “justiça” e “urgência” na resposta à população afetada pelos incêndios. Luís Montenegro destaca ainda que sempre se mostrou disponível para “falar dos problemas concretos do território”.
À margem de uma visita a alguns dos concelhos mais afetados pelos incêndios deste mês e que afetaram o norte e centro do país, Luís Montenegro, avançou que o Governo “não só” tem ideias, como já tem “decisões que foram tomadas no último Conselho de Ministros e que já foram promulgadas pelo senhor Presidente da República”.
O líder do Executivo reafirmou, por isso, que “todos os mecanismos de ajuda vão ser acionados com muita rapidez, com muita celeridade, tentando minimizar o impacto da vida das pessoas, em primeiro lugar, das comunidades e das empresas”.
“É importante a urgência, é importante a justiça também, portanto, urgência, mas não facilitismo. Temos de ter uma boa gestão dos recursos públicos e reanimar o país e é isso que estamos a fazer, nomeadamente nas populações que foram mais afetadas”, assegura.
O social-democrata atira ainda que terá “todo o gosto em explanar o pensamento do Governo” no que diz respeito à gestão do território português, mas destaca que essa é uma questão para a qual sempre se mostrou disponível para abraçar.
“Não foi por falta de oportunidade de falarmos sobre isso. Falámos muitas vezes. Só que nessas ocasiões, infelizmente, os holofotes mediáticos viraram-se para questões diferentes. Muitas vezes batalhei em dizer-vos: 'Eu estou aqui para falar dos problemas concretos do território, não estou aqui para comentar o que é que A disse em cascos de rolha'”, ironizou.
Luís Montenegro destacou, por isso, a necessidade de implementar “uma política florestal” e garantiu estar a desenvolver uma “política de estímulo à agricultura”, que considera ser “uma pedra angular do programa do Governo”.
O Presidente da República e o primeiro-ministro visitaram, juntos, algumas das zonas afetadas pelos incêndios do norte e centro do país, parando em Baião, Vila Pouca de Aguiar e Sever do Vouga.