Luís Montenegro questiona experiência de Pedro Nuno Santos por "cadastro político"
O líder do PSD respondeu ao novo secretário-geral do PS e assegurou que os social-democratas têm experiência política e profissional para oferecer um projeto de mudança aos portugueses.
Corpo do artigo
O novo secretário-geral do PS acusou Luís Montenegro de falta de experiência governativa. Instantes depois, em Aveiro para mais uma paragem do programa Sentir Portugal, o líder do PSD respondeu e assegurou que os social-democratas têm experiência política e profissional para oferecer aos portugueses um projeto de mudança e de prosperidade.
"Estamos preparados. Temos experiência política e experiência de vida para poder oferecer aos portugueses um projeto de prosperidade. Não é por acaso que as propostas que o PSD fez nos últimos meses têm sido absolutamente categóricas a mostrar o acerto das nossas políticas. De tal maneira que o PS e Pedro Nuno Santos têm vindo a corroborar o que nós dizemos", garantiu Montenegro.
Apesar de se considerar "muito aberto" a acordos, o presidente do PSD defende que, neste momento, o país precisa de uma "mudança de liderança" e lembrou que Pedro Nuno Santos tem "cadastro político", por isso a sua experiência "é tudo menos um cartão de visita".
"Se ter experiência é esbanjar 3200 milhões de euros na TAP por incompetência, por hesitação e zigue-zague político, então ele que fique lá com a experiência dele. Não precisamos dessa experiência para nada. Se ter experiência é decidir indemnizações de admnistradores de empresas públicas no montante de 500 milhões de euros por WhatsApp, dizer num dia que não se sabe se isso existiu e depois lembrar-se mais tarde que afinal se deu o ok por essa via, então Pedro Nuno Santos que fique com essa experiência", recordou o líder do PSD.
No que toca à imigração, Montenegro esclareceu que não defende "uma porta fechada nem escancarada", mas sim a criação de um "programa nacional" para integrar imigrantes como "força" para se ter uma sociedade competitiva, capacidade de trabalho e criar riqueza e equilíbrio do ponto de vista demográfico.
"Devemos saber quantas pessoas e que perfil de imigrantes é que podemos acolher em Portugal para podermos ter, do ponto de vista dos recursos humanos, mais capacidade de criarmos riqueza. Devemos pensar nas condições de vida, com humanismo, daqueles que para aqui vêm. Pessoas que vêm para aqui oferecer a sua capacidade de trabalho e que vivem em condições desumanas não é a imigração de que precisamos. Por isso apresentei ao país duas grandes vias para termos uma imigração que nos interessa: chamarmos jovens estudantes para as nossas escolas e instituições de ensino superior e termos políticas integradas para acolher famílias inteiras e não apenas os progenitores masculinos", acrescentou.