Montenegro recusa responder sobre Ana Paula Martins, mas avisa que "será falhanço" se país não aproveitar estabilidade

Tiago Petinga/EPA
Montenegro recusa responder se Ana Paula Martins está de saída, mas deixa recado "a todos": "será um falhanço" se país não aproveitar estabilidade política
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O primeiro-ministro recusou esta terça-feira responder se a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, está ou não de saída e avisou que "seria um falhanço global", incluindo do Governo, se o país não aproveitasse a atual estabilidade "política, económica e financeira" para ter "um crescimento seguro, constante e duradouro".
"Não enjeitamos as nossas responsabilidades, assumimos todas as responsabilidades, mas a responsabilidade não é só do Governo, é de todos", defendeu Luís Montenegro, no encerramento de uma conferência da Rangel Logistics Solutions, uma empresa de logística portuguesa com sede na Maia e fundada há 45 anos.
Além da administração pública, o primeiro-ministro incluiu os empresários e os trabalhadores nesta partilha de responsabilidade.
"Seria uma falha, um falhanço global se nós não fizéssemos desta estabilidade, deste potencial, a raiz de um crescimento seguro, constante, duradouro e que efetivamente possa refletir-se na vida dos nossos cidadãos", avisou, pedindo a todos os agentes que façam a sua parte.
As palavras do primeiro-ministro, aparentemente sem destinatário, têm leitura política com a polémica em torno de Ana Paula Martins. Ainda assim, questionado sobre a continuidade da responsável pela pasta da Saúde, Luís Montenegro apenas sorriu.
Segundo o semanário Expresso, a ministra Ana Paula Martins quererá sair do Executivo, em data a acertar com o primeiro-ministro.