
Apartments for sale are seen in Ericeira, northern Lisbon, December 5, 2012. Portugal's construction sector has been hammered by the worst recession since the 1970s with many companies going bankrupt, driving up bad loan ratios. Still, the central bank said the financial sector's capital ratios would not be hit. REUTERS/Jose Manuel Ribeiro (PORTUGAL - Tags: POLITICS BUSINESS EMPLOYMENT REAL ESTATE) - GM1E8C600N901
Reuters
A agência de notação financeira prevê que o preço das casas em Portugal aumente 4% em 2020.
Os preços das casas em Portugal vão aumentar 4% em 2020, de acordo com um relatório da agência de notação financeira Moody's divulgado esta quarta-feira, que prevê ainda algum declínio em empréstimos para o crédito à habitação.
Para 2020, em novas operações em Portugal, além de "algum declínio em empréstimos brutos para hipotecas", a agência de 'rating' prevê que a "subscrição de crédito ao consumo permaneça inalterada".
Já para os empréstimos pendentes, a Moody's espera, em 2020, uma "performance estável do colateral ", uma "forte inflação nos preços da habitação [4%], ainda que abaixo dos anos anteriores", uma "robusta confiança do consumidor", e prevê ainda que o desemprego "vá decrescer ligeiramente", para 6,0%.
Em Portugal, a agência de notação financeira aguarda, em 2020, "uma atividade de securitização [transformação de dívida e títulos de crédito em carteiras vendáveis] adicional de crédito malparado em Portugal, Grécia e Espanha, e em menor grau, na Irlanda".
"A atividade adicional é parcialmente atribuível a refinanciamentos entre entidades que adquiriram carteiras de crédito", completa a Moody's.
Numa avaliação que, além de Portugal, engloba República da Irlanda, Holanda, Reino Unido e Espanha, a agência estima que, "apesar de uma moderação na inflação do preço da habitação, o aumento dos preços das casas irá apoiar potenciais recuperações para empréstimos em incumprimento, através de acordos de securitização de hipotecas residenciais [RMBS]".
A Moody's assevera também que "a manutenção do atual ambiente de baixas taxas de juro será positiva para o crédito na prestação das transações de RMBS, considerando o nível geral de alto endividamento dos consumidores em alguns mercados".
"No entanto, a antecipação de taxas menores para um maior período de tempo levou a uma mais fraca criação de crédito e a uma subscrição de títulos mais livre em alguns segmentos", de acordo com a agência.
No relatório hoje divulgado, pode ainda ler-se que "o financiamento barato e uma maior competição levarão alguns nichos de credores a ficar mais suscetíveis a choques económicos".