Em declarações à TSF, o presidente da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública, Gustavo Tato Borges, relaciona este fenómeno com o aumento da "atividade gripal" no final de 2024
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Quase 1200 pessoas morreram além daquilo que seria esperado no mês de janeiro, segundo o boletim epidemiológico do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge.
A maioria dos 1191 óbitos foram registados maioritariamente em pessoas com mais de 75 anos, sendo que os valores rondam os 90%. Mais de um terço são mulheres.
Em declarações à TSF, o presidente da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública, Gustavo Tato Borges, explica o aumento da mortalidade com a subida dos casos de gripe no país.
"Tem que ver com a atividade gripal, que, no final de 2024, nas últimas duas semanas, teve um aumento do número de casos bastante considerável, motivado pelas festas e encontros familiares - e não só -, quer do natal, quer da passagem de ano", esclarece.
A segunda semana de janeiro foi, então, quando foram registadas mais mortes acima do esperado. Tato Borges ressalva, contudo, que o período de maior dificuldade de acesso ao Serviço Nacional de Saúde se deu maioritariamente em dezembro.
Já sobre o facto de os valores da mortalidade acima do esperado terem ficado abaixo dos registados em janeiro do ano passado, Gustavo Tato Borges diz que se deve à maior cobertura vacinal.
