Tinha 78 anos
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Morreu o capitão de Abril Carlos Matos Gomes, avançou este domingo a família, numa publicação no Facebook. Tinha 78 anos.
"A todos os amigos e seguidores do meu pai, Carlos Matos Gomes, é com profunda tristeza que informo que faleceu hoje, 13 de Abril, no Hospital Cuf Tejo. Partiu sereno e com músicas de Abril. Direi por aqui todos os pormenores sobre as cerimónias que se seguem. Grata a todos pelo carinho e admiração que tinham por ele", escreve a filha de Matos Gomes nas redes sociais.
O Presidente da República já reagiu à morte do coronel, destacando a sua "intervenção cívica e pedagógica muito diversificada e intensa, sempre na defesa dos valores porque se batera há mais de cinco décadas".
Carlos Matos Gomes foi oficial dos Comandos, ferido em combate e fundador do Movimento dos Capitães. Numa entrevista à TSF em outubro do ano passado, confessou não saber se ainda é militar. Ouça e leia aqui a Entrevista TSF com Carlos Matos Gomes
No ano passado, em nome próprio, Matos Gomes publicou “Geração D”, uma homenagem e uma autobiografia da sua geração, a que conheceu a ditadura, a Guerra Colonial e fez o 25 de Abril de 1974.
Sob o pseudónimo de Carlos Vale Ferraz publicou vários livros sobre a temática da Guerra Colonial, entre eles, “Nó Cego”, “A Última Viúva de África” e “Os Lobos não Usam Coleira” (1995), que foi adaptado ao cinema por António-Pedro Vasconcelos, “Os Imortais” (2003).
Carlos de Matos Gomes nasceu em 24 de julho de 1946, em Vila Nova da Barquinha. Foi oficial do Exército, tendo cumprido comissões em Angola, Moçambique e na Guiné-Bissau.
Notícia atualizada às 12h58