Morreu Domingos Piedade, uma das maiores figuras portuguesas do automobilismo
Foi diretor do Circuito do Estoril e trabalhou com Ayrton Senna.
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Domingos Piedade, uma das maiores figuras portuguesas do automobilismo, morreu este sábado, aos 75 anos. A notícia foi avançada no Facebook pelo jornalista da Eurosport João Carlos Costa e confirmada pela TSF junto do presidente do Automóvel Clube de Portugal, Carlos Barbosa.
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Domingos Piedade foi diretor do Circuito do Estoril e, enquanto manager e diretor desportivo, trabalhou com pilotos como Ayrton Senna, Emerson Fittipaldi ou Michelle Alboreto.
Foi também comentador televisivo de automobilismo e passou por campeonatos de carros de turismo, onde venceu vários troféus. Esteve também ligado aos ralis e provas de Fórmula 1.
Era natural de Cascais e, em fevereiro de 2017, tinha sido diagnosticado com cancro do pulmão.
"Vai fazer-nos muita falta"
À TSF, Carlos Barbosa recorda a forma como Domingos Piedade ajudou muitos pilotos, entre eles Pedro Lamy, sendo mesmo "fundamental" nas suas carreiras.
"Foi sempre um excelente piloto e teve sempre o apoio do Domingos internacionalmente. Quando era necessário mudar de equipa, fazer isto ou fazer aquilo o Domingos estava sempre disponível para todos os pilotos portugueses que quisessem singrar no estrangeiro", recorda. Também os contactos e "amizade que tinha com todos os donos e diretores de equipas" facilitava a abertura de portas aos pilotos portugueses. "Vai fazer-nos muita falta."
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Carlos Barbosa não tem dúvidas de que Domingos Piedade é uma "figura incontornável" e uma "referência nacional e internacional" e compara a sua morte à de "um irmão".
Por fim, uma partilha: a de um ótimo condutor. Domingos Piedade não só era um apaixonado por automobilismo como adorava conduzir.
"Guiava lindamente, fiz milhares de quilómetros com o Domingos no estrangeiro. Não gostava de apanhar um comboio. Aterrávamos na Alemanha, tínhamos de fazer 300 kms e ele, como adorava guiar, íamos sempre de carro", recorda.
"Tinha sempre uns carros ou emprestados pela Mercedes ou deles - eram fantásticos", explica Carlos Barbosa, que garante que o amigo respeitava sempre as regras e recorda os percursos feitos na Alemanha "onde não havia grandes limitações de velocidade".