Foi autor de fotografias que fizeram capas de mais de 2.000 discos editados pela antiga Orfeu.
Corpo do artigo
O fotógrafo Fernando Aroso, de 97 anos, morreu na segunda-feira à noite, num hospital do Porto, disse hoje à agência Lusa fonte do Teatro Experimental do Porto (TEP), instituição a que o fotógrafo esteve ligado.
Nascido no Porto, em 16 de setembro de 1921, Fernando Aroso foi homenageado em março de 2015 numa organização conjunta do Círculo de Cultura Teatral (CCT)/ Teatro Experimental do Porto (TEP) e do Ateneu Comercial do Porto.
O fotógrafo, que tinha sido nomeado sócio honorário do CCT/TEP, viu, na mesma altura, ser inaugurada uma exposição representativa da sua colaboração com o TEP, entre 1956 e 1962, no Ateneu Comercial do Porto.
Nos anos de 1950, em que, sob a direção de António Pedro (1953-1961), o TEP fazia a grande revolução estética no Teatro Português, com a introdução da encenação moderna e o sentido de unidade das diferentes vertentes e artes do espetáculo, Fernando Aroso acompanhou essa transformação com a da fotografia de cena.
A exposição de fotografia, que, através da lente de Fernando Aroso, permitia revisitar o processo de renovação que o teatro foi alvo na década de 1950 em Portugal, esteve patente até 8 abril de 2015.
Fernado Aroso foi também autor de fotografias que fizeram capas de mais de 2000 discos editados pela antiga Orfeu, de Arnaldo Trindade, com imagens de gerações de músicos portugueses, de Adriano Correia de Oliveira a José Afonso, do Conjunto António Mafra a Tristão da Silva.