A Marinha Portuguesa informou que a criança que tinha sido resgatada esta manhã ao largo dos Açores não resistiu à "longa permanência na água".
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"Na sequência da operação de multisalvamento que decorre ao largo dos Açores, a Marinha informa que, lamentavelmente, um dos tripulantes não resistiu aos efeitos provocados pela longa permanência na água, em consequência do naufrágio do veleiro REVES D'O", lê-se no comunicado.
A Marinha Portuguesa não especifica se a vítima é um adulto ou uma criança. Mas, em declarações à agência Lusa, porta-voz da Marinha Portuguesa Paulo Vicente adiantou que a vítima mortal é uma rapariga de seis anos que tinha sido resgatada durante a manhã, juntamente com o pai, e que "não resistiu aos efeitos provocados pela longa permanência na água".
O capitão do porto de Ponta Delgada, Matos Nogueira, disse à Lusa que são ainda desconhecidas as causas da morte da menima, mas que "muito provavelmente resultaram do estado de hipotermia" com que foi retirada da água.
A vítima era um dos dois tripulantes que estiveram desaparecidos na água durante horas, depois de o veleiro REVES D'O se ter afundado por volta das 02h00, a 400 milhas náuticas (800 km) a sudoeste da ilha das Flores, Açores, mesmo no meio do oceano Atlântico.
A bordo iam um casal e duas crianças. Depois do naufrágio, "dois dos tripulantes que permaneciam numa balsa salva-vidas foram resgatados pelo navio mercante Yuan Fu Star, de Hong Kong, sendo que de imediato foram iniciadas buscas pelo P3P Orion da Força Aérea Portuguesa (FAP) dos outros dois náufragos".
"Após duas horas de buscas e aos primeiros alvores o meio aéreo da FAP localizou os desaparecidos tendo lançado para junto deles um kit de sobrevivência até à chegada, cerca das 09h30, do navio hospital Esperanza del Mar, que efetuou o seu resgate e prestou assistência médica", disse a Marinha Portuguesa.