Morte de crianças por afogamento. Associações aguardam há um ano por regulamentação de segurança nas piscinas
A Deco, a Associação Portuguesa de Profissionais de Piscinas e a Associação para a Promoção da Segurança Infantil insistem e voltam a entregar o documento ao Governo
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As associações falam de uma tragédia à qual o Estado continua indiferente. Todos os anos morrem crianças afogadas em piscinas e há um ano três associações apresentaram uma proposta para regular a segurança, mas até agora não tiveram resposta.
Por isso, insistem e esta quinta-feira voltam a entregar o documento, lembrando que, desde 2012, morreram em média dez crianças afogadas por ano. A Deco é uma das associações que assina a proposta. A porta-voz, Tânia Neves, acusa o Estado de ser conivente com um drama que atinge dezenas de famílias.
"O Estado parece continuar indiferente a esta tragédia que assola o país. Nos últimos 12 anos, em média por ano, dez crianças morreram por afogamento e 21 foram internadas. Estes acidentes acontecem precisamente mais em piscinas de alojamentos locais e empreendimentos turísticos. É precisamente aqui nestas tipologias de piscinas em que ou a legislação não existe de todo ou, embora haja alguma legislação, ela não é devidamente concreta nem está completa", explicou à TSF Tânia Neves.
O vazio legal continua e a Deco junta-se à Associação Portuguesa de Profissionais de Piscinas e à Associação para a Promoção da Segurança Infantil para voltar a pedir leis que regulem a segurança nestas estruturas. Só no ano passado morreram oito crianças afogadas, três delas em piscinas. Outras duas tiveram de ser hospitalizadas.