Morte de homem e greve do INEM: Carlos Cortes não aponta para já responsabilidades à ministra da Saúde
O bastonário da Ordem dos Médicos vinca na TSF que mortes por problemas no socorro "não podem voltar a acontecer"
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Tendo em conta o mais recente relatório da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) sobre a morte de um homem durante a greve no INEM, o bastonário da Ordem dos médicos, Carlos Cortes, defende na TSF que ainda é muito cedo para apontar o dedo à ministra da Saúde.
Ana Paula Martins recusou, na terça-feira, uma relação direta entre a morte do utente de Bragança e a greve dos técnicos do INEM no final de 2024, reiterando que não desistirá de resolver os problemas. No entanto, reconheceu que “houve atrasos claros no atendimento e, por isso, na prestação do socorro”. E admitiu que a falta de “nexo de causalidade” não deixa o Governo descansado, dizendo que o “mau funcionamento não se voltará a repetir”.
O bastonário da Ordem dos Médicos afirma que é preciso conhecer com "muita profundidade" as conclusões da IGAS antes de "atribuir responsabilidades". Certo é que uma situação com estes contornos "não deve voltar a acontecer".
A inspeção-geral da saúde concluiu que um utente que morreu de enfarte, em outubro, em Bragança, após o INEM demorar 1h20 a chegar, poderia ter sobrevivido se o socorro fosse imediato. Contudo, ao contrário do que aconteceu no caso de Pombal, desta vez, não foram feitas acusações aos trabalhadores.
Para Carlos Cortes, é "um aspeto positivo" não culpar quem trabalhava em "condições adversas" devido à paralisação no INEM, situação que ainda tem coisas por apurar.